A importância dos jogos no ensino da matemática

Postado por inovar 06/07/2020 0 Comentários
 
A importância dos jogos no ensino da Matemática
 
 
 
 
 
A discussão sobre a importância dos jogos no ensino da Matemática está a se concretizar, pois as crianças possuem uma grande capacidade de raciocinar e colocar em prática sua capacidade de resolver situações-problemas, caracterizam objectos e buscam uma linha de resolução baseada em elucidações próprias. A proposta de um jogo em sala de aula é muito importante para o desenvolvimento social, pois existem alunos que se “fecham”, têm vergonha de perguntar sobre determinados conteúdos, de expressar dúvidas, a Matemática se torna um problema para eles.
 
 
A aplicação dos jogos em sala de aula surge como uma oportunidade de socializar os alunos, com o objetivo de proporcionar a cooperação mútua, ou seja, a participação da equipa na busca incessante de elucidar o problema proposto pelo professor. Mas para que isso aconteça, o educador precisa de um planejamento organizado e um jogo que incite o aluno a buscar o resultado, ele precisa ser interessante, desafiador.
 
 
A ideia principal é não deixar o estudante participar da actividade de qualquer jeito, é preciso traçar objectivos a serem cumpridos, metas a alcançar, regras gerais que deverão ser cumpridas. O aluno não pode encarar o jogo como uma parte da aula em que não irá fazer uma actividade escrita ou não precisará prestar atenção no professor, atitude que promove uma conduta de indisciplina e desordem. O estudante precisa ser conscientizado de que aquele momento é importante para sua formação, pois ele usará de seus conhecimentos e suas experiências para participar, argumentar, propor soluções na busca de chegar aos resultados esperados pelo orientador, porque o jogo pode não ter uma resposta única, mas várias, devemos respeitar as inúmeras respostas, desde que não fujam do propósito.
 
 
A utilização de actividades lúdicas na Matemática e de materiais concretos é totalmente relacionada ao desenvolvimento cognitivo da criança. Há de se refletir que alguns conteúdos específicos da Matemática não possuem relação com a ideia de serem aplicados através de jogos, mas de certa forma promovem um senso crítico, investigador, que ajuda na compreensão e entendimento de determinados tópicos relacionados ao ensino da Matemática.
 
 
Sugestões de jogos para o Ensino Pré-Escolar
 
 
1. Por um tempo
Jogo que mistura um pouco de habilidade manual e poder de observação. Peças de desenhos parecidos devem ser encaixadas em um "tabuleiro" e a criança tem um tempo determinado. “Ao final desse tempo, ela deverá ter colocado o maior número possível de peças iguais”.
 
 
2. Quantos? Quantas?
Brinca com os alunos, pergunta: “Quantos narizes tens?” (Coloca o dedo na ponta do nariz e peça aos alunos para imitarem.); “Quantas bocas?” (Coloca o dedo nos lábios e faz os alunos imitarem). Prossiga assim pergunta e indica com as mãos: “Quantas orelhas?”; “Quantos braços?”; “Quantas mãos?”; “Quantos dedos em cada mão?”.
 
 
3. Formar grupos
Uma actividade que pode ser utilizada como aquecimento é a brincadeira Formar grupos:
Conversa com os alunos: “Vamos contar juntos até 3: um, dois, três”; “Agora, vamos contar até 3 e levantar os dedos: um, dois, três”.
Prepara previamente a sala de aula com 3 bolas semelhantes, 3 lápis semelhantes, 3 flores num vaso, etc.
Explora, de forma semelhante, grupos de 4 e grupos de 5.
 
 
4. Os números mágicos
Folha com várias rectas numéricas e dois conjuntos de cartões numerados (deve-se usar no início apenas números de 1 a 5 – posteriormente, acrescente valores maiores).
Conta uma estória ou propõe: “Agora, brincaremos com objectos mágicos, dentre eles os números”. Pede a um aluno para sortear um cartão numerado. Este primeiro número sorteado (número mágico) indica o número de saltos que a criança dará.
Pede a outro aluno para sortear um cartão numerado. Este segundo número sorteado indica o comprimento de cada pulo. Inicialmente, desenha uma “recta” graduada no chão (ou uma faixa de papel). Um terceiro aluno, possuidor de um número mágico, dará pulos sobre a “recta”, e a turma verificará o número no qual ele parou.
O animador pode dividir a turma em duas equipas e propor que disputem quem recebeu o número mágico e que levou mais longe.
 
 
5. Direita esquerda
Procura explorar os conceitos de direita e esquerda com a brincadeira de pular corda com dois batedores. Os alunos podem fazer a mímica de bater corda em duplas:
Cada aluno da dupla pega a ponta da corda de mentirinha com a mão direita;
Atenção: os dois têm de fazer os movimentos para cima e para baixo ao mesmo tempo.
Depois, cada aluno da dupla pega a ponta da corda de mentirinha com a mão esquerda, sem esquecer-se de fazer os movimentos para cima e para baixo ao mesmo tempo.
Conversa com os alunos sobre os possíveis acidentes que podem ocorrer quando brincamos: “Quem já sofreu algum acidente (tombo, queda, etc) enquanto brincava? Como foi?”; “Que cuidado devemos tomar quando estamos a brincar?”.
 
 
6. Descubra o intruso
Este jogo além de trabalhar os conceitos de pertence e não pertence, explora a memória, a reflexão, a lógica, a observação e o vocabulário.
Apresenta um conjunto de 3 elementos (objectos ou figuras em cartões) entre os quais um é “intruso”. Inicialmente, apresenta um conjunto de 3 elementos simples: figuras de laranja, banana e ovo (o intruso é o ovo, pois não é fruta como a maioria).
Diga aos alunos que, como pequenos detetives, descubram qual o “intruso”. Peça que expliquem por que o elemento é intruso.
Continue a brincadeira com outros conjuntos de 3 figuras, enquanto a turma mostrar interesse. Quando os alunos se acostumarem com a brincadeira, aumente o número de elementos para 4, 5 ou 6.
 
 
7. Formar triângulos
Este jogo leva os alunos a conhecer e fixar o conceito de triângulo.
Entrega para cada grupo de 3 ou 4 alunos uma folha com vários pontos distribuídos ao acaso, um pouco separados uns dos outros. Se preferir, pede aos próprios alunos que salpiquem as folhas de pontos. Pede a cada aluno do grupo para escolher uma cor diferente de lápis.
O jogo é assim: cada aluno, na sua vez, liga 3 pontos, de modo a formar um triângulo, e, depois, pinta-o com a cor escolhida. Para que os alunos entendam melhor o jogo, faz uma demonstração com alguns pontos feitos na lousa.
Ganha o jogo quem conseguir pintar mais triângulos com a sua cor. Não importa o tamanho dos triângulos desenhados, desde que os triângulos não se sobreponham.
Uma variação dessa brincadeira é “Formar quadriláteros”. As regras são as mesmas. A única diferença é que os alunos terão de ligar 4 pontos para formar uma figura de 4 lados.
 
 
Sugestões de jogos para 1ª a 6ª classe
 
Obs: adaptar o grau de dificuldade conforme o público alvo
 
 
1. Serpentes e escadas
 
 
Organização da classe
– Formar grupos de 2 a 4 participantes.
 
 
Capacidades a serem trabalhadas 
– Explorar contagem e sequência.
– Reconhecer ordem crescente e decrescente.
– Chegar primeiro à casa 100.
 
 
Material
– 2 dados
– Tabuleiro
– Peões
 
 
Desenvolvimento
Para determinar quem começa cada jogador lança uma vez o dado. Os que empataram lançam mais uma vez o dado, e quem tirar o maior número começa. Os jogadores começam na parte inferior do percurso e avançam jogando 1 ou 2 dados, até chegar ao topo. Se o peão cair na base de uma escada, corta caminho e sobe até o seu topo. Mas se, ao contrário, o peão parar em uma casa com a cabeça de uma cobra, ele é comido até chegar no final do rabo da cobra, ou seja, muitas casas para baixo.
O jogo das serpentes e escadas é um jogo de percurso, em geral de 100 casas (10×10), atravessado por escadas e por cobras.
 
 
 
 
 
2.  Jogo das fichas coloridas
 
 
Organização da classe
– Formar grupos de 3 a 5 participantes.
 
 
Capacidades a serem trabalhadas
– Perceber que o número é formado de algarismos ordenados.
– Relacionar as cores das fichas às ordens numéricas.
 
 
Material
– 10 fichas coloridas (vermelhas, azuis, verdes e brancas) numeradas de 0 a 9
– Cartaz básico (tamanho A4) com cores variadas.
 
 
Desenvolvimento
Cada jogador pega uma ficha de cada cor e regista o número formado no quadro somando os valores. Em seguida passa a vez ao colega. Depois da última jogada ganha aquele que conseguir formar o maior numeral.
Este jogo é utilizado para trabalhar o conceito de ordens e classes, podendo ser adaptado para as diversas classes. O mais importante é a interacção. Os participantes podem ajudar um ao outro, mutuamente, sem interferir no desempenho do vencedor. O professor deve acompanhar o registo do jogo e fazer as explorações possíveis, sempre a graduar as intervenções a cada dia do jogo.
 
 
 
 
 
 
Fontes: https://educador.brasilescola.uol.com.br
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br
https://ensfundamental1.wordpress.com/407-2/415-2/

Texto adaptado por: Eliane Ap. Zulian Delázari