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Quando e o que corrigir nas actividades diárias dos seus alunos?
Profª Eliane Zulian Delázari
Pronto! Acabei!
Ao executar suas tarefas, o aluno faz o melhor que pode e supõe que estão certas, não sabe se errou nem sabe distinguir seus erros.
Quando o professor simplesmente faz a correcção apenas transmite seus conhecimentos, mas não dá aos alunos a chance de perceber, entender e corrigir seus erros.
Sempre que possível, o professor deve desenvolver em seus alunos a autocorrecção e a capacidade de se corrigir. Mas como? Pode ser em grupo ou individualmente.
O aluno deve aprender a “ver” suas tarefas, a “enxergar” seus erros e a corrigi-los, num trabalho de observação e comparação diante das explicações do professor e dos colegas, pois acertar sempre não faz parte dos deveres do aluno.
O aluno ainda está se formando, elaborando um processo de aprendizagem, incorrendo em erros e acertos por isso tem tanto direito ao erro quanto à correcção significativa no momento adequado para garantir futuros acertos.
O professor ao fazer a correcção devemos levar em consideração dois momentos distintos: o da livre expressão gráfica ou oral e o da expressão trabalhada dentro dos padrões da nossa língua
Se o aluno se sente pressionado a acertar, a não errar, os treinos ortográficos repetidos mais de três vezes tornam-se mecânicos e cansativos e não garantem a atenção necessária, uma vez que toda concentração do aluno está voltada para a tentativa do acerto.
Alguns exemplos de como fazer a correcção sem bloquear ou retardar o processo de aprendizagem:
Sempre que possível, o professor deve começar a aula lembrando das correcções mais comuns das actividades do dia anterior, a fim de avaliar se os erros foram corrigidos e compreendidos.
Como outra forma de correcção o professor pode optar por colocar um ponto embaixo da palavra errada e o aluno fará a correcção daquilo que foi apontado.
O aluno sempre espera do professor pequenas mensagens motivacionais como:
Ou, ainda, observações como:
É importante avaliar o trabalho realizado de maneira crítica e sincera, visto que assim estaremos a valorizar o trabalho do aluno e desafiando-o continuar a melhorar.
É preciso garantir uma boa correcção, com objectivos claros, do que simplesmente corrigir os trabalhos dos alunos sem questionar o retorno que se espera disso.
O que e como avaliar
“A prática escolar visa aprovar ou reprovar, esquecendo o fundamental que é ensinar e aprender” (Luckesi)
O professor deve observar o trabalho diário de seus alunos, circulando pela classe, conversando e discutindo a respeito das actividades.
A observação atenta indica ao professor factores importantíssimos como adequação do assunto, tempo de execução, interesse individual e da classe, conclusão das actividades.
O processo de avaliação está relacionado com a maneira como o professor vê o mundo e com o modelo didáctico que utiliza.
Antes de efectuar a avaliação, precisamos nos colocar algumas perguntas e pré-determinar as respostas para que os alunos não se sintam prejudicados.
O que queremos avaliar?
Como queremos avaliar?
Por que avaliar?
Avaliar não pressupõe erros, falhas, defeitos mas, sim, envolve determinar o valor da acção educadora e o desenvolvimento individual de cada um. Avaliar significa descobrir o aluno em relação a ele mesmo.
Referências bibliográficas
RUSSO, Maria de Fátima; VIAN, Maria Inês Aguiar. Alfabetização: um processo em construção. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 1997.