Dicas para ministrar aulas sensacionais

Postado por inovar 06/06/2022 0 Comentários

Dicas para ministrar aulas sensacionais

 

 

Não existe nenhuma fórmula para ministrar aulas sensacionais e, ao mesmo tempo, fazer com que os alunos tenham mais participação em sala de aula. Porém, existem dicas para que isso aconteça mais naturalmente. 

Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com acção concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se: O que eu quero que meus alunos aprendam? Como eles podem colocar em prática o que vou ensinar? Como posso convencê-los disso?

 

 

Ao trocarmos experiências aprendemos uns com os outros a melhor forma de ensinar nossa turma. Ajustamos aqui, acrescentamos ali e, assim, boas dicas são construídas. Confira:

 

1 - Conhece o ambiente

 

Você nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem - quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado, apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras séries cada pessoa tem suas preferências e o grupo assume determinada personalidade.

 

2 - No final das contas (e no começo também)

 

As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se cometeres um erro nesses momentos.

Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou trimestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos alunos. Mesmo inconscientemente, eles respondem às seguintes questões:

Quem é esse professor? Qual seu estilo? O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano? Quanto da minha atenção eu vou dedicar?

E isso, muitas vezes, sem que tenhas aberto a boca.

 

3 - Simplifique

 

Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora antes do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta metade da apresentação com piadas, truques de mágica, histórias pessoais que levam às lágrimas, e o assunto, em si, é só apresentado no final.

Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é - simplifique, tanto na linguagem como na escrita.

Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavizar a matéria ou deixar de mencionar conceitos potencialmente "espinhosos". Usa e abusa de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos, para que seja melhor assimilada.

 

4 - Coloca emoção

 

Certo, tens PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi convidado para dar aulas em faculdades europeias. Mesmo assim, teus alunos podem não prestar atenção em você. Segundo estudos, o impacto de uma aula é feito de:

  • 55% estímulos visuais - como o professor se apresenta, anda e gesticula;
  • 38% estímulos vocais - como o professor fala, sua entonação e timbre;
  • e apenas 7% de conteúdo verbal - o assunto sobre o qual o professor fala.

Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para as paredes, já que grande parte dos alunos estará a prestar atenção em outra coisa. Treina teus gestos, conta histórias, movimenta-se com naturalidade. Passa tua mensagem de forma interessante.

 

5. Aposta nas novas tecnologias

 

Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Essas pessoas foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, em que videogames mostram realidades fantásticas.

Hoje em dia, a maioria dos estudantes está envolvida com essas novas tecnologias e mídias sociais, o que pode ser um problema para o professor que não sabe usá-las a seu favor.

Por outro lado, a afinidade dos jovens com a tecnologia pode ser exactamente a ferramenta que faltava ao educador para dinamizar o ensino. Isso pode ser feito através do incentivo à utilização da internet e dos dispositivos móveis para fazer pesquisas, do esclarecimento de dúvidas pertinentes através de grupos de chat ou fóruns online, do compartilhamento de vídeos com mensagens interessantes e, ainda, aproveitando os recursos como computadores, e-books e lousas digitais.

Estender a aprendizagem para além das quatro paredes da sala de aula é excelente maneira de promover a participação de alunos tão envolvidos com as novas tecnologias.

 

6 - A pedra no sapato

 

Isso acontece com qualquer professor. No ensino médio e superior, pode ser aquele aluno que duvida de tudo o que você diz pelo simples prazer de duvidar. Ou pode até ser um livro esquecido, ou computador que resolve não funcionar.

De qualquer maneira, grande parte do sucesso da tua aula depende de como você lida com esses inesperados. Responde a uma pergunta de maneira rude ou desinteressada, e perderá qualquer simpatia que a classe poderia ter por você. Seja educado e solícito - a pior coisa que pode acontecer a um professor é perder a calma.

A razão é cultural e muito simples: tendemos sempre a torcer pelo mais fraco. Neste caso, teu aluno. A classe inteira tomará partido dele, não importa quem tenha a razão.

Se um aluno fizer um comentário rude, repita o que ele disse e fique em silêncio por alguns instantes - são grandes as chances de ele se arrepender e pedir desculpas. Se for preciso, diga algo como "Estou pensando no que você disse. Podemos falar sobre isso após a aula?" Outra forma de se lidar com a situação é responder a questão na hora, ponderadamente - e para toda a classe, não apenas para quem perguntou. Termine sua exposição fazendo contacto visual com outro aluno qualquer, por duas razões - a expressão dele vai lhe dizer o que a turma inteira achou do que você disse, ao mesmo tempo que desestimula outras participações inoportunas do aluno que o interrogou.

Não transforme tua aula em um debate entre você e um aluno - há pelo menos mais 20 e tantas pessoas presentes que merecem sua atenção.

 

7 - Pratique

 

Tua aula, como qualquer outra acção, melhora com o treino. Muitos professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez - exactamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se admirar que aconteçam tantos problemas com o ritmo - alguns tópicos são apresentados de maneira arrastada, outras vezes o professor termina o que tem a dizer 20 minutos antes do final da aula. Sem falar nos finais de trimestres em que se "corre" com a matéria.

Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treina antes. Dá uma aula em casa para teu cônjuge/filhos ou, na falta desses, para o espelho. O que se busca com o treino é, principalmente, uma crítica construtiva.

 

8. Faz perguntas para os alunos

 

Não espere que os alunos sejam questionadores se você mesmo, como professor, não levanta questões interessantes. Faz perguntas para a turma, lança polêmicas para que os estudantes reflictam e opinem. Deixa que eles explorem ao máximo tuas ideias, expondo diferentes pontos de vista.

Dessa maneira, no lugar de limitar os alunos, o educador dá liberdade sem se esquecer de, sempre que preciso, fazer considerações e interferências sensatas para mediar as discussões.

 

9. Seja criativo e irreverente

 

Dificilmente ocorre participação dos alunos em propostas pedagógicas que seguem sempre o mesmo padrão. O ideal é que o professor seja criativo, proponha trabalhos diferentes e permita que o humor se faça presente no contexto educacional.

Uma dose de irreverência e alegria é capaz de tornar o aprendizado mais divertido, leve e prazeroso, e, consequentemente, os alunos se sentirão mais motivados a participar.

 

10. Apoia e elogia os estudantes

 

Para manter a motivação dos alunos em alta, é interessante incentivar, apoiar e elogiar o bom desempenho frequentemente. Além de tornar o clima mais agradável e amigável, essas atitudes positivas vão induzir o aluno a participar mais activamente das aulas, sem o típico medo de errar e ser reprimido ou a frustração de não ser reconhecido pelo esforço.

 

11. Proponha desafios

 

Outra forma de incentivar a participação da turma é desafiar os alunos a superarem os próprios limites. O tom de desafio sempre é estimulante e o educador pode usá-lo para potencializar o aprendizado.

É possível propor trabalhos aparentemente difíceis de serem executados, promover competições saudáveis e apostar na chamada educação “gamificada” — tendência que tem como base o aprendizado por meio de jogos e cujos resultados de aplicação estão se mostrando muito positivos em escolas públicas e privadas. Todos os desafios, rankings e premiações dos jogos podem ser aproveitados para aumentar o engajamento dos estudantes.

 

12. Contextualiza os assuntos abordados

 

O pensamento de que aquilo que é aprendido na escola não será usado durante a vida prática é uma ideia muito comum entre os estudantes actualmente. Nesse contexto, visando dar relevância ao aprendizado e aumentar a participação da turma, o professor deve trabalhar os conteúdos de maneira contextualizada, aproveitando temas e situações actuais e usando a realidade dos próprios alunos para tornar as temáticas mais acessíveis e aplicáveis.

 

Além de estar a promover uma maior participação dos alunos durante a aula, o professor também estará a trabalhar as competências e habilidades propostas pela educação.

 

habilidade é o saber fazer, é a transformação do conhecimento na capacidade da produção de resultados e de resolver situações e conflitos, ou seja, é o poder que uma pessoa adquire para desempenhar determinado papel ou função.

 

competência, é algo que vai além! Ela é mais ampla e consiste na junção e coordenação das habilidades com conhecimentos e atitudes que podem ser desenvolvidos ou aprimorados por meio de treinamentos e experiências para que o trabalho possa ser desenvolvido com sucesso.

 

A junção de habilidades e competências prevê que os alunos tenham a capacidade de aplicar o conhecimento adquirido em sala de aula no dia-a-dia.

 

 

Para que estas dicas sejam eficientes e se encaixem no dia-a-dia do professor, o aluno precisa perceber-se capaz, sentir-se valorizado em suas hipóteses, caminhar lado a lado do mestre para que suas aprendizagens sejam significativas e duradouras, capazes de serem transformadas em outras tantas.

 

Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os alunos e professores se sintam estimulados para o processo ensino-aprendizagem.

 

Fontes:

www.profissaomestre.com.br

http://portal.metodista.br/atualiza/conteudo/material-de-apoio/dicas/7-dicas-para-dar-aulas-melhores

http://www.somospar.com.br/6-maneiras-de-promover-participacao-dos-alunos-durante-aula/

Texto adaptado por: Profª Eliane Ap. Zulian Delázari