Coronavírus: Impactos Na Educação Do Mundo

Postado por inovar 07/06/2021 0 Comentários

 

CORONAVÍRUS: IMPACTOS NA EDUCAÇÃO DO MUNDO

 

 

 

 

Quais serão as transformações no processo educacional quando o novo normal chegar de forma definitiva? Como serão os ambientes de aprendizado? Como o papel de cada agente se transformará? O que vem pela frente? 

 


Perguntas como essas permeiam governantes, educadores e pais de alunos que procuram reflectir sobre esse assunto tão discutido nos últimos tempos.

 

Se a educação já passava por uma transformação com as tecnologias, esse processo foi impulsionado de vez pela pandemia da Covid-19, que modificou também as formas de aprendizado, as relações sociais, a participação familiar no desenvolvimento do ensino e muito mais. 

 


Com o distanciamento social, as ferramentas digitais contribuíram para a continuidade do aprendizado que acontecia em sala de aula. Neste cenário, muitos profissionais da educação e alunos aprenderam a utilizar melhor a tecnologia para garantir o ensino. 

 


Sem a proximidade física por conta do isolamento social, mudam as formas de se interagir com professores e colegas, demonstrar afecto, colaborar, brincar e desenvolver projectos. Pais se veem incluídos de forma ainda mais presente na aprendizagem dos filhos e enfrentam o desafio de equilibrar essa rotina com a vida profissional. Professores vivem o estresse e o medo de ter que reinventar seu jeito de ensinar e não saber como isso impactará o futuro do seu trabalho. 

 


Porém, em muitos países as famílias de baixa renda, ou quem sabe nenhuma renda, sofrem com toda essa transformação mundial. Como já dissemos, tecnologia e ensino a distância se tornaram aliados para dar continuidade ao ano lectivo, mas essas famílias enfrentam barreiras como a desigualdade no acesso à internet e aquisição desses instrumentos tecnológicos.

 


Decisões tomadas neste cenário

 

Diante do risco representado pelas aglomerações, comuns na educação presencial, autoridades decretaram medidas bastante rígidas, começando por férias e suspensão temporária das aulas.

 


Meses depois, boa parte das instituições de ensino continuou fechada para evitar o contágio e o aumento nos casos de Covid-19.

 

 

O cenário mundial diante da pandemia reforçou a exclusão dos estudantes das famílias mais pobres como o de grupos específicos, como aqueles que vivem em ambiente rural.

 


Consequências


De acordo com o Relatório de Monitoramento Global da Educação (Relatório GEM) de 2020, divulgado no final de junho, 258 milhões de crianças e jovens não tiveram acesso à educação.

 


O contexto é mais grave nos países renda baixa e média-baixa, entre os quais 40% não contam com políticas para apoiar os alunos durante o período de fechamento das escolas, visando conter o avanço do novo coronavírus.

 


Produzido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o relatório também revelou que menos de 10% das 209 nações avaliadas possui leis que fortalecem a inclusão plena na educação.

 


Lembrando que a pandemia de Covid-19 levou ao fechamento de escolas por todo o planeta, impactando cerca de 1,5 bilhão de alunos – mais de 90% da população estudantil.

 


Segundo o Relatório GEM 2020: género, idade, local onde vivem, pobreza, deficiência, etnia, indigeneidade, língua, religião, status migratório ou de refúgio, orientação sexual ou identidade e expressão de género, encarceramento, crenças e atitudes são os principais factores de exclusão nos sistemas educacionais. Outro ponto que contribui para a exclusão são as desigualdades observadas entre os alunos de famílias ricas e pobres, ainda que vivam no mesmo país.

 


Para se ter uma ideia, excluindo as nações ricas da Europa e América do Norte, para cada 100 jovens ricos, somente 18 jovens pobres completam o ensino secundário.

 


Em pelo menos 20 estados – a maioria, localizados na África subsaariana – é raro que um jovem proveniente de zonas rurais complete a escola secundária.

 


Mesmo entre as crianças e adolescentes que têm acesso ao ensino, persistem mazelas como a fome e a miséria, que aumentam a importância de frequentar as instituições de ensino, onde muitos estudantes fazem a sua única refeição.

 


Estimativas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Programa Mundial de Alimentação (PMA) revelam que 370 milhões de crianças podem ter sofrido com a falta de alimento devido ao fechamento das escolas.

 


Especificamente em Angola antecipação do fim do ano lectivo gera preocupação entre alunos. O Governo antecipou o fim do ano lectivo por causa da Covid-19. Os estudantes receiam problemas que possam advir da medida, enquanto o sindicato entende que a decisão do Executivo foi acertada.

 

 

 

 

Neste país, o ano lectivo começa em fevereiro e termina em dezembro, mas por causa da pandemia da Covid-19 tudo ficou alterado. As aulas interrompidas em março de 2020 foram retomadas em outubro e o seu término estava previsto para 30 de julho de 2021. 

 


E quando os estudantes de diferentes níveis de ensino preparavam-se para as provas parcelares, o Governo decidiu antecipar para 30 de junho o fim do presente ano lectivo. O motivo foi o aumento de casos de Covid-19, uma medida recebida com surpresa por parte dos estudantes que falam em dificuldades por causa da suspensão das provas parcelares.

 


Com o reajuste do calendário lectivo, as classes de transição começaram as provas finais no dia 24 de maio, ao passo que as restantes classes serão avaliadas a partir de sete de junho. O Governo prevê terminar todo o expediente a trinta de julho. Criou-se alguns transtornos porque a comunicação chegou de forma tardia.

 


Sobre o encurtamento do ano lectivo, os parceiros sociais não foram consultados, mas o Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) entende ser uma medida acertada.

 


Angola é um dos países sem alternativas, há um conjunto de coisas que os governantes deveriam fazer e não fazem, uma delas é o investimento na educação. Triste realidade.

 

 


Fontes:


Texto adaptado por: Profª Eliane Ap. Zulian Delázari


https://entretantoeducacao.com.br/educacao/covid-educacao-o-que-aprendemos-com-pandemia/ 


https://www.dw.com/pt-002/angola-antecipa%C3%A7%C3%A3o-do-fim-do-ano-letivo-gera-preocupa%C3%A7%C3%A3o-entre-alunos/a-57604880


https://fia.com.br/blog/coronavirus-impactos-na-educacao/