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Educação Ambiental: o que é e como agir perante essa ideia
A protecção ao meio ambiente se tornou uma pauta importante, dados os avanços do aquecimento global. A sustentabilidade é prioridade em diversas esferas da sociedade, que busca novas formas de conter o cenário actual. Com isso, a educação ambiental nas escolas se tornou um pilar necessário para ensinar as novas gerações sobre esse cenário e como mudar essa situação.
O que é Educação Ambiental?
A educação ambiental é entendida como uma forma para oferecer a compreensão de processos para a construção de valores sociais, habilidades, atitudes e conhecimentos que contribuam com a preservação do meio ambiente e sustentabilidade.
A ideia é tornar a sociedade mais apta para participar, de forma activa, na defesa da natureza e em sua conservação. Esse processo deve fazer parte, de modo permanente, dos componentes da educação nacional. Por isso, a educação ambiental precisa estar presente em todos os níveis escolares, de maneira formal ou não-formal.
Ao mesmo tempo, a educação ambiental também aborda conceitos como justiça social, cuidado com a comunidade, ética ambiental e melhoria da qualidade das relações dos seres humanos entre si e, principalmente, com a natureza.
A educação ambiental pode contribuir para aumentar a conscientização de jovens e da sociedade em geral sobre sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Diante dos efeitos do aquecimento global, as discussões sobre esses temas têm sido cada vez mais frequentes.
No contexto escolar, a educação ambiental ajuda em debates com os estudantes sobre a relação do ser humano com a natureza. Essa ideia conta com uma série de conceitos e princípios que ajudam professores e alunos a debater o tema nas escolas. Por isso, entender o que é esperado nas discussões sobre esse tipo de educação é importante para que o diálogo com os estudantes seja efectivo.
A preservação do meio ambiente, a sustentabilidade e a redução do impacto ambiental são fundamentais para a vida na Terra. Essa importância é ainda maior diante do efeito do aquecimento global, que tem provocado situações como calor extremo, por exemplo.
Com a destruição do meio ambiente e o desperdício de recursos naturais provocados pela humanidade nos últimos séculos, a discussão sobre esse assunto se tornou ainda mais importante para conscientizar a população sobre os danos da actividade humana no planeta.
A educação ambiental pode ajudar nesse processo de conscientização desde a escola e contribui na abordagem de assuntos como redução de lixo, reciclagem, preservação de rios e árvores, emissão de gases poluentes, protecção de animais, entre outros temas importantes para a conservação ambiental.
Por que incluir educação ambiental nas escolas?
Proteger o meio ambiente é função de todos e, com esse conhecimento desde pequenas, as crianças crescem compreendendo a necessidade de fazer sua parte desde acções mais simples, como não jogar lixo nas ruas. Confira alguns benefícios em promover a educação ambiental nas escolas:
Ao reconhecer a importância de preservar o meio ambiente, as crianças desenvolvem fortes valores em relação à importância da natureza, e até mesmo do senso de colectividade e a necessidade de actuar em conjunto para propor acções de preservação.
Ao crescer conscientes do impacto de suas actividades na degradação do meio ambiente, as crianças são capazes de desenvolver atitudes de consumo consciente. Pequenas acções como fechar a torneira na hora de escovar os dentes e apagar a luz ao sair de um ambiente já se tornam corriqueiras.
Especialmente nos grandes centros urbanos, o contacto das crianças com a natureza é mais reduzido. Assim, fica mais difícil entender o impacto de suas acções. Com uma educação aprofundada, eles podem vivenciar os ciclos da natureza e criar uma relação de proximidade com as plantas e os animais.
A seguir, exemplos de práticas de uma escola sustentável:
A primeira lição sobre sustentabilidade está no descarte de materiais recicláveis. Várias escolas já está a instalar lixeiras coloridas para cada tipo de materiais: vidro, plástico, metal e papel. Mas nem sempre a sinalização é respeitada. O tema da reciclagem deve estar acompanhado de treinamentos, tanto para alunos como para funcionários, é preciso abordar a cadeia dos materiais recicláveis e destacar a importância da segregação na fonte entre orgânicos, recicláveis e rejeitos. Outro factor importante é o controle sobre os materiais gerados na escola através de relatórios apresentados pelo fornecedor de colecta. Dessa forma será mais fácil realizar o próximo item, que é reduzir e não gerar tantas embalagens.
Você já deve ter ouvido falar nos outros R’s além da reciclagem: repensar, recusar, reduzir e reutilizar. Os Rs são ferramentas poderosas para educação ambiental e também podem ser incorporados na rotina da administração escolar. Uma vez que sabemos o quanto geramos de recicláveis é possível identificar onde pode haver reduções. Esse princípio é chamado de não geração. Podemos repensar alguns hábitos de compra e recusar embalagens desnecessárias. São comuns as actividades lúdicas de reutilização como fazer brinquedos com materiais recicláveis, mas é importante enfatizar a reutilização como conceito. Boas práticas como o uso de canecas individuais ao invés de copos descartáveis geram grande impacto no meio ambiente e na formação para cidadania dos alunos.
A compostagem escolar é o processo de decomposição da matéria orgânica gerada na escola em local e condições adequadas. Os resíduos orgánicos gerados principalmente na lanchonete e na cantina, ao serem compostados se transformam em adubo que pode ser usado na horta e nos jardins. A compostagem institucional é extremamente didáctica para tratar do ciclo da matéria orgánica e os alunos poderão ver esse processo acontecer na prática.
Criar e manter uma horta na escola é uma acção que traz grandes impactos na formação dos alunos. É possível interligar quase todas as disciplinas ao acto de produzir alimentos, temperos e ervas medicinais. A observação da natureza na prática reforça as lições dos livros didácticos e conteúdos digitais. É uma experiência inspiradora para produzir textos, identificar cronogramas de plantio, elementos históricos da alimentação e abordar temas como hidrografia, vegetação, relevo, nutrição, vida do solo etc. Pra começar é interessante aplicar o conceito das Plantas Alimentícias Não Convencionais as PANCs, que são mais fáceis de cuidar pois já são mais adaptadas ao ambiente. A prática de assistir e cuidar das plantas alimentícias também incentiva uma alimentação saudável.
Estamos a observar uma digitalização dos processos educativos. A tecnologia que vem transformar a forma de ensinar também exige um consumo maior de energia eléctrica. É importante pensar em formas de não desperdiçar energia como otimizar as configurações de máquinas e equipamentos para que não fiquem ligadas enquanto não estão em uso. O uso de lâmpadas eficientes e otimizar a luz solar também são acções que podem ajudar na iluminação das salas. Outra acção educativa e económica é a implementação de fontes de energias renováveis como a fotovoltaica, a famosa energia solar que também traz autonomia energética e redução da conta de luz.
Uma escola sustentável preza pela conexão com a natureza. A utilização de plantas para deixar o ambiente mais fresco, melhorar a qualidade do ar e fazer a drenagem sustentável do solo traz muitas lições. Os alunos começam a entender quais as espécies são adequadas para cada tipo de ambiente. As plantas podem estar conectadas a infraestrutura a garantir a limpeza natural da água e do ar e qualificar o conforto do ambiente.
A valorização da água como recurso e a consciência da escassez é fundamental para formar cidadãos atentos numa escola sustentável. A crise hídrica, o sistema de abastecimento de água, a canalização dos rios urbanos e a obstrução de nascentes são temas a serem incorporados no plano pedagógico. A sinalização nas torneiras e bebedouros reforçam a necessidade de usar com prudência esse precioso recurso. O sistema de captação de água de chuva dispensa a necessidade de utilizar parte dos recursos de abastecimento e garante parte de autofinanciamento de água. Em grandes cidades a poluição faz com que seja imprópria para uso, porém pode ser utilizada no sistema de saneamento ou para irrigação de jardins.
Muitos pais precisam de carro para levar o filho para a escola e a poluição gerada nesse trajecto em muitos casos é inevitável. Um sistema de caronas articulado entre as famílias que moram próximas diminui bastante as emissões de gases efeito estufa, incentiva a socialização entre alunos e pais de alunos e otimiza o tempo dos pais.
A cada ano, os alunos deixam para trás livros usados no período anterior. Promover a reutilização desses materiais não só diminui o descarte de papel, como os ensina a conservar seus bens e manter os livros bem cuidados para quem o utilizará depois.
A limpeza dos ambientes quando utilizamos produtos industrializados pode ser prejudicial à saúde de equipe de limpeza e todos que frequentam a escola. Os produtos de limpeza industrializados também contribuem para a poluição do lençol freático. Utilizar produtos naturais como vinagre, sabão de coco e bicarbonato de sódio tem acções antibactericidas e esterilizadoras tão eficientes quanto os produtos industrializados, mas não oferecem riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Existem linhas de produtos de limpeza naturais especializadas. Vale a pena pesquisar qual é a solução mais interessante para cada escola.
Educação ambiental agentes multiplicadores
Como já foi dito a educação ambiental é interdisciplinar. Linguagem, ciências da natureza, ciências exactas… todas se complementam para a educação em uma perspectiva ecológica. Tratar a educação ambiental como uma disciplina integradora ou introduzir conceitos ambientais nas diversas disciplinas é um factor determinante para definir se uma escola é ou não sustentável. A formação de alunos que se preocupam com o futuro do planeta faz com que se tornem agentes multiplicadores e agentes activos na transformação social que tanto desejamos. Uma Escola Sustentável é possível, com planejamento e integração de toda a comunidade escolar.
Proporcionar educação ambiental nas escolas ajuda a desenvolver cidadãos comprometidos com o meio ambiente, que entendem a importância de preservar o planeta para ter um futuro melhor.
Fontes:
https://eccaplan.com.br/as-10-praticas-de-uma-escola-sustentavel/
https://blog.potalpos.com.br/educacao-ambiental-nas-escolas/
https://www.terra.com.br/planeta/educacao-ambiental-conceitos-principios-e-importancia/
Texto adaptado por: Profª Eliane Aparecida Zulian Delázari